Ministério Público nega ameaça a promotores e procuradores por grupo criminoso no Estado

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) nega que promotores ou procuradores estejam entre as autoridades que teriam sofrido ameaça de grupo criminoso envolvido no narcotráfico no Estado. Na segunda-feira (17), a Operação Sentinela, da Polícia Civil, prendeu 10 pessoas suspeitas de envolvimento em um plano para atacar agentes públicos. Entre os alvos da facção, estariam policiais, juízes e promotores de Justiça. 

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Em nota de esclarecimento divulgada na tarde desta terça-feira (18), o Ministério Público "esclarece que, ao contrário do que foi divulgado, não há promotores ou procuradores entre as autoridades que teriam sido ameaçadas e que motivaram a Operação Sentinela".

"O MPRS reforça que mantém protocolos de segurança rigorosos para seus membros e que não recebeu qualquer relato desta natureza", reforça a nota.

A operação

A Operação Sentinela ocorreu em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, e fez parte de uma investigação iniciada após a identificação de mensagens com ameaças direcionadas a servidores públicos. Cerca de 70 policiais cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Também foram bloqueadas contas bancárias relacionadas aos investigados e apreendidos sete veículos. O valor total dos bens alcança R$ 3 milhões, segundo a Polícia Civil.

As mensagens obtidas pelos investigadores indicam que o grupo discutia a localização e a rotina de agentes públicos. Em um dos diálogos, um dos suspeitos menciona a intenção de monitorar a residência de um magistrado do Estado. Esse juiz seria o principal alvo dos ataques mencionados pela organização.

As apurações apontam que o grupo atuava no tráfico de drogas. A investigação indica que os suspeitos obtinham recursos com a venda de entorpecentes e realizavam a compra de veículos e outros bens para ocultar valores. A movimentação financeira identificada gerou indícios de lavagem de dinheiro.